Você sabe o que é a Internet das Coisas - The Internet of Things?

Você sabe o que é a Internet das Coisas - The Internet of Things?

A Internet das Coisas (inglês: Internet of Things) é, em certa medida, fruto do trabalho desenvolvido pelo MIT Auto-ID Laboratory, recorrendo ao uso do RFID e Wireless Sensor Networks. O objetivo foi, desde o início, criar um sistema global de registro de bens usando um sistema de numeração único chamado Electronic Product Code.

A Internet das Coisas é uma revolução tecnológica que representa o futuro da computação e da comunicação e cujo desenvolvimento depende da inovação técnica dinâmica em campos tão importantes como os sensores wireless e a nanotecnologia.

Primeiro, para ligar os objetos e aparelhos do dia-a-dia a grandes bases de dados e redes e à rede das redes, a internet, é necessário um sistema eficiente de identificação. Só desta forma se torna possível coligir e registrar os dados sobre cada uma das coisas. A identificação por rádio frequência RFID oferece esta funcionalidade.

Segundo, o registro de dados beneficiará da capacidade de detectar mudanças na qualidade física das coisas usando as tecnologias sensoriais (sensor technologies). A inteligência própria de cada objecto aumenta o poder da rede de devolver a informação processada para diferentes pontos.

Finalmente, os avanços ao nível da miniaturização e da nanotecnologia significam que cada vez mais pequenos objectos terão a capacidade de interagir e se conectar. A combinação destes desenvolvimentos criará uma Internet das Coisas (Internet of Things) que liga os objectos do mundo de um modo sensorial e inteligente.

Assim, com os benefícios da informação integrada, os produtos industriais e os objectos de uso diário poderão vir a ter identidades electrónicas ou poderão ser equipados com sensores que detectam mudanças físicas à sua volta. Até mesmo partículas de pó poderão ser etiquetadas e colocadas na rede. Estas mudanças transformarão objectos estáticos em coisas novas e dinâmicas, misturando inteligência ao meio e estimulando a criação de produtos inovadores e novos serviços.

A tecnologia RFID que usa frequências de rádio para identificar os produtos é vista como potenciadora da Internet das Coisas. Embora algumas vezes identificada como a sucessora dos códigos de barras os sistemas RFID oferecem para além da identificação de objectos informações importantes sobre o seu estado e localização.

Estes sistemas foram primeiramente usados na indústria farmacêutica, em grandes armazéns e na saúde. As mais recentes aplicações vão dos desportos e actividades de tempos livres à segurança pessoal. Etiquetas (também chamadas de "tags") RFID estão a ser implantados debaixo da pele humana para fins médicos e também em passaportes e cartas de condução. Leitores RFID estão também a ser incluídos em telemóveis.

Para além do RFID, a capacidade de detectar mudanças no estado físico das coisas é também essencial para registar mudanças no meio ambiente. Por exemplo os sensores usados numa peça de vestuário inteligente podem registrar as mudanças de temperatura no exterior e ajustar-se de acordo com elas.

Perspectiva-se um futuro em que poderemos usar roupa inteligente que se adapta às características da temperatura ambiente, a passagem por um sensor irá indicar-nos qual a manutenção que o nosso carro necessita, poderemos usar os óculos de sol para receber uma chamada vídeo e os cuidados médicos poderão ser prestados antecipadamente, graças a diagnósticos mais eficientes e rápidos.

Segundo a pesquisa intitulada Sizing up the Internet of Things, realizada em julho de 2014 com participação de 297 empresas de TI dos EUA que fazem parte do Fortune 500, executivos estão em dúvida se IoT é uma realidade ou uma campanha publicitária. O levantamento mostra que a tendência é uma complexa mistura de hardware, software, regras e serviços em um ecossistema que criará oportunidades de negócios.

Independentemente das dúvidas, na cadeia de valor, quem, de fato, vai lucrar com essa onda? Os executivos de TI pesquisados pela CompTIA identificaram as seguintes empresas como as mais prováveis:

• Empresas de dispositivos – 45%
• Empresas de análises e Big Data – 43%
• Empresas com conhecimento em integrar serviços utilizando APIs – 35%   
• Provedores de soluções de TI – 30%
• Operadoras de telecomunicações e empresas de cabo – 26%
• Empresas de software e equipamentos de rede – 25%
• Empresas de sensores e chips – 23%
• Fornecedores de plataforma e ecossistema – 15%

Fontes: Wikipédia e IT Mídia